Nesse episódio compartilho a resenha do filme Duas Vidas. É um filme que traz muitas reflexões sobre nossas expectativas e escolhas. Segue o texto abaixo.

Duas Vidas

duas-vidasRuss Duritz é um bem sucedido consultor de imagem que tem uma vida profissional muito ativa, mas uma vida pessoal extremamente pobre. Não tem esposa, filhos e quase não tem contato com seu pai e família.

Um dia, ao chegar a sua bela casa, Russ encontra um menino de 8 anos estranhamente familiar em circunstancias esquisitas. A princípio, ele acha que está sofrendo de stress e busca consolo em remédios. Mas rapidamente ele percebe que o menino realmente existe e que é, na verdade, ele mesmo aos 8 anos!

Seu eu mais novo começa a atrapalhar a rotina do consultor e Russ pede a ajuda de sua assistente, Amy, sem revelar quem o menino é de fato. O garoto, muito insatisfeito com o destino que sua história havia tomado, decide agir no lugar do eu adulto e pedir a mão de Amy em casamento. Infelizmente, a história acaba mal e o Russ adulto termina por brigar com Amy.

Com a ajuda da moça a quem deu consultoria gratuita no início do filme, Russ percebe que seu eu de 8 anos não está ali a toa e que ele precisa aprender e ensinar alguma coisa. Assim, ele volta para casa e conversa com seu eu menino para descobrir o que precisa lembrar.

Magicamente, os dois voltam para o tempo do menino Russ e descobrem que se trata do dia em que ele deveria defender o cachorro de três pernas contra os vilões da escola. Russ menino sai vencedor, mas a verdadeira lembrança vem à tona quando sua mãe, muito doente, precisa ir à escola para buscá-lo.

O pai de Russ fica furioso quando descobre que a esposa precisou sair e dirige duras palavras para o menino. Russ percebe, por fim, que foi esse o dia que o fez ser quem é no momento. Só assim ele consegue entender o pai e perdoá-lo.

Russ menino e Russ adulto procuram uma lanchonete para comemorar o aniversário. É quando o misterioso orquestrador dos acontecimentos é revelado: o Russ de 70 anos, piloto de avião com esposa, filhos e o cachorro sonho de sua infância.

Conclusão

Esse filme relaciona-se fortemente ao processo de identidade visto no segundo módulo do curso. Fica evidente que, quando encontramos nosso eu criança e buscamos resignificar os acontecimentos, nossa percepção das situações muda e somos capazes de perdoar e superar o que antes nos afetava profundamente. Ao entender nossos pais, conseguimos entender a nós mesmos.