“A guerra é uma invenção da mente humana; e a mente humana também pode inventar a paz.” – Winston Churchill

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O que seria o planeta sem os humanos? Pense bem. Como seria o mundo caso todas as pessoas sumissem da Terra?

Outro dia assisti a um documentário sobre o tema chamado The world without us (O mundo sem nós), do autor de livros científicos Alan Weisman. Ele mostra o que aconteceria caso nós desaparecêssemos de um dia para outros. Achei interessante e me fez refletir.

Embora as consequências e eventos que ocorram pela nossa falta sejam várias, a natureza acaba encontrando um caminho para se regenerar. A natureza sempre busca uma forma de se equilibrar.

Já nós, humanos, teoricamente responsáveis pelo que acontece aqui, criamos confusão, desequilíbrio, guerra. E não falo só sobre guerras de bombas e armas, embora isso também esteja batendo à porta. Falo da guerra que travamos interiormente, todos os dias e a cada momento do dia. A guerra que cria todas as outras guerras.

E o que é essa guerra? Ela vem resistência em aceitar as coisas como elas são. Ficamos sempre em guerra acreditando que tudo deveria ser diferente, que o outro deveria ser diferente.

Mas do ponto de vista da outra pessoa, você é o outro, e é quem deve mudar! Então, como realmente podemos estar em paz?

Todas as guerras, sem exceção, são originadas pela falta de aceitação do outro.

E tudo isso cria uma espiral cada vez mais negativa. Cada ação traz uma reação muito pior do que a anterior, até culminar em algo sem retorno.

“A vitória é a glória de muitos, porém é a satisfação do egoísmo de poucos.” – Bruno Calil Fonseca

Se quisermos que o mundo mude, mudemos nós primeiro. E o primeiro passo é aprender a exercer a verdadeira aceitação que está no momento presente.

Pense bem: qual problema você realmente tem agora, nesse momento?

Já considerou a possibilidade do problema estar apenas na sua mente? No mundo exterior, nesse exato momento, não temos problemas.

– “Mas como assim! Tenho um monte de problemas para resolver!” – você pode estar pensando agora.

Já pensou que tudo isso que temos para lidar, todos os dias, são apenas as situações que fazem parte da vida? Não são nem boas, nem ruins. Elas são o que são. Quem cria o julgamento somos nós.

Se olharmos para a situação pela ótica dos fatos, do que realmente acontece, sem criar um juízo de valor, ficamos livres da reação emocional que vem junto do julgamento.

“Quando você reclama, você faz de si mesmo uma vítima. Deixe a situação, mude-a ou aceite-a. Todo o resto é loucura.” – Eckhart Tolle

Esse é o segredo das pessoas que vivem felizes na simplicidade. Elas entendem que nada que fizerem pode mudar a forma como se sentem agora, porque a forma como se sentem não é resultado das situações, e sim dos pensamentos que elas têm sobre as situações.

Elas podem se envolver em várias atividades, criar negócios, derrubar governos, mudar tudo. Mesmo assim, sabem que seus sentimentos são reflexos das escolhas dos pensamentos certos, e não das situações certas.

Não estou dizendo que devemos deixar de tomar as ações que precisamos, mas que precisamos aprender a realizá-las de um lugar de aceitação, sem julgamentos.

Mas você pode estar pensando: como posso aceitar situações como o terrorismo, a violência, a corrupção?

Aceitação não tem nada a ver com concordância. A aceitação refere-se a entender que algo é o que é. E depois tomar alguma decisão sobre o assunto, mas livre das diversas ideias que podemos formar sobre ele.

Como disse Einstein, a mentalidade que criou um problema jamais poderá resolvê-lo. Para encontrar a solução dos problemas do nosso mundo precisamos parar de olhar para eles do ponto de vista da vítima. Precisamos subir um degrau e olhar a questão como um todo. Entender todas as relações envolvidas.

E não podemos fazer isso sem que haja paz dentro de nós.

É só de um lugar de paz dentro de nós que poderemos encontrar as soluções.

A mudança começa de dentro. Quem quer ser a mudança?

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