É algo muito interessante observar a dinâmica da insatisfação nas pessoas. Principalmente no caso da insatisfação profissional. A últimas pesquisas do ramo tem mostrado que mais de 70% das pessoas se sentem insatisfeitas com seu trabalho.O que é um número muito alto.

Assim, quem se sente insatisfeito anseia por mudanças. E muitos sonham em mudar de vez, para serem donos dos próprios narizes. Ou seja, empreender. Mas muitos que empreendem, que já tem seus negócios razoavelmente estabelecidos, sentem falta da vida mais tranquila de empregado, de ter uma renda mais certa, de poder sair na sexta e não se preocupar até segunda.

Isso faz pensar, não é mesmo? Parece que queremos sempre o que não temos. Qual a solução então?

A verdade é que sempre estamos em busca de alguma coisa, e acreditamos que a nossa felicidade reside na próxima mudança que fizermos.

Mas toda mudança deixa de ser novidade e, em pouco tempo, os novos desafios criam outros problemas que começam a criar outras insatisfações.

Isso significa que não devemos mudar as coisas na nossa vida?

É claro que não. Mudar é parte inerente da condição de se estar vivo. O que precisamos é aprender a lidar com essas mudanças.

E como fazer isso?

Reduzindo nossas expectativas em relação aos resultados que esperamos delas.

Eu sei que é quase impossível não cultivar uma certa felicidade ao perceber que as mudanças que queremos estão acontecendo. Mas uma expectativa muito elevada é forte candidata para gerar uma frustração de igual tamanho.

Por isso, a chave para lidar com as mudanças externas é aprender a lidar com as mudanças internamente. Quando isso acontece, percebemos que o que está fora não é nada mais do que o reflexo do que está dentro. Não no sentido dos fatos, mas na forma como interpretamos o que nos acontece.

É a história do copo meio cheio, meio vazio. O que define a situação do copo não é o copo, mas a forma como o interpretamos.

Assim, será possível buscar novos caminhos, provocar mudanças e se manter bem no processo?

Felizmente sim. E é sobre isso que vou falar nos próximos artigos.

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