De acordo com as principais religiões do mundo, nosso grande objetivo de vida deveria ser a manifestação da Perfeição Divina na Terra. Isso significa controlar os aspectos negativos da personalidade humana e amplificar os positivos, a exemplo dos grandes Avatares, como Jesus Cristo e o Budha. Nossa busca deveria ser manifestar a Divindade dentro da vida diária.

Mas, ao contrário do que você possa estar pensando, falar sobre Deus não é antiquado ou assunto de beato. Basta ver como os grandes escritores sobre administração desses tempos mencionam a necessidade de se ter mais do que objetivos e preocupações materiais. Stephen Covey, autor best-seller, trata amplamente o assunto em seus livros “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes” e “O 8o. hábito – da Eficácia à Grandeza” ao ressaltar a importância de se encontrar a voz interior através da visão, disciplina, paixão e consciência. Ou seja, encontrar o Divino em nossas vidas hoje não é coisa de beato, e sim prática de pessoas que reconhecem sua felicidade como uma soma de vários fatores, incluindo o domínio de si mesmo.

Num trecho do livro “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes”, Stephen Covey traz luz para a questão da proatividade, tão celebrada nos dias de hoje. Diferentemente da idéia de se tomar a iniciativa, ser proativo significa ser capaz de escolher uma determinada resposta de acordo com um estimulo baseado em valores internos. Ou seja, agir de acordo com o que se acredita. Veja uma passagem do livro sobre o assunto:

“Apesar da palavra proatividade ser atualmente muito comum nos livros sobre administração, trata-se de um termo que não encontraremos na maioria dos dicionários. Ela significa muito mais do que tomar a iniciativa. Implica que nós, como seres humanos, somos responsáveis por nossas próprias vidas. Nosso comportamento resulta de decisões tomadas, não das condições externas. Temos a capacidade de subordinar os sentimentos aos valores. Possuímos iniciativa e responsabilidade suficientes para fazer os fatos acontecerem.

Pense na palavra responsabilidade – respons-abilidade -, a habilidade para escolher sua resposta. Pessoas superproativas acostumam-se com a responsabilidade. Não colocam a culpa por seu comportamento em circunstâncias, condições ou condicionamentos. Seu comportamento é produto de sua própria escolha consciente, baseada em valores, não resultado de um condicionamento, baseado em sentimentos.”

Retomando a questão da espiritualidade, falar sobre Deus em nossas vidas é lembrar de nossas crenças e valores. O problema é que, nos dias atuais, encontramos grande dificuldade em filtrar nossas respostas aos estímulos mundanos segundo nossas crenças. É nesse momento que precisamos da proatividade.

Você conhece alguém que sempre promete começar a dieta na segunda-feira, e na terça termina? Ou que quer reduzir seus gastos mas acaba gastando mais no mês seguinte? Pois é…

Assim, ser o senhor das escolhas é fundamental. De outra forma, estaremos sempre sendo empurrados pela maré da vida, sem um ponto de apoio sequer. Mas como fazer para obter esse auto-controle? Veremos mais sobre o assunto nos próximos artigos e vídeos.