Nós temos tantas coisas, mas por que continuamos procurando outras? Às vezes, o problema está em valorizar o que já conquistamos. Ou seja: você realmente aproveita o que compra? As coisas que está investindo? O quanto você realmente sente prazer em usar aquilo? O que você sente ao comer aquele alimento, em estar naquele ambiente que investiu e naquilo que adquiriu?

Valorizar o que temos é possível?

Não é que, para valorizar, a questão de ser e ter prazer com as questões materiais não podem acontecer. Não é sobre ser materialista, mas sobre aproveitar o que já temos.
Muitas vezes, acabamos gastando com tantas coisas que nem lembramos delas. São roupas, sapatos, celulares, televisões, alimentação em locais bons… Mas o quanto realmente aproveitamos disso tudo? O quanto estamos curtindo o momento que vivemos ali? Ao usar ou consumir aquilo, o quanto percebemos isso como fonte de prazer e de conexão com o momento presente?

Em geral, nós estamos sempre buscando coisas que não estão ali naquele momento. Então, mesmo quando consegue algo que queria, você já está atrás de outra. Por que não valorizar aquilo que lutou tanto para ter?

Nós, inclusive, acabamos esquecendo e deixando para lá o que estávamos querendo. É por isso que compramos tantas coisas – às vezes, acabamos de comprar e já queremos outra. Quando percebemos, não conseguimos valorizar porque não aproveitamos aquilo. Tudo isso porque já estamos procurando suprir uma necessidade que, às vezes, nem existe. E lá vamos nós: continuamos buscando, gastando e nunca encontrando o prazer do que temos.

Por que você não se permite valorizar o que já conquistou? Realmente sentindo prazer do que tem, porque, ao prestar atenção naquele momento, você consegue se permitir desfrutar do que está vivendo.

É assim que percebemos a questão da frugalidade. Pode parecer uma palavra mal interpretada porque, às vezes, é ligada a pobreza. Mas, na verdade, ser frugal tem a ver com valorizar o que você já tem.

Você deve valorizar cada momento da sua vida!

Por exemplo: ao invés de tomar um suco de cinco laranjas de uma vez, esperando para comer a sua panqueca, você come uma laranja inteira? Descasca a fruta, sente o cheiro, mastiga cada pedaço e aproveita tudo isso: o momento em que está ingerindo o que vai te fazer bem.

Ou seja: isso vai te fazer muito melhor porque estará presente ali, naquele momento em que está ingerindo a laranja.

Mas o que isso tem a ver com finanças?

Porque, quando pensamos em prioridades da vida, muitas vezes os gastos que temos é por conta de status ou na busca por ele. É a procura de ser uma pessoa diferente do que somos, nunca o que já conquistamos.

Valorize o que você tem e seja feliz!

Organizar a vida está muito ligado a valorizar o que temos. Essa busca por status não é culpa nossa, pois vivemos em uma sociedade que impõe modelos de comportamento, de consumo e de tantos hábitos. Então, nos desesperamos em seguir todos esses modelos, pois, para “ser algo”, precisamos de um padrão, de um status.

Mas viver de aparência traz felicidade?

Quando você conversa consigo mesmo sobre o quanto o que tem ou é te faz feliz, isso mostra se está bem ou não. O que os outros pensam sobre não importa, porque eles não vivem sua vida. E o que eles dizem não deve influenciar no seu dia-a-dia nem em suas escolhas ou posses.

Nós esperamos tanto a aprovação do outro que isso nos torna infelizes. E com nós mesmos, quem se importa? Seja diferente, aprenda a valorizar o que você é, o que tem e tudo que conquistou, sem se comparar com outra pessoa. O que importa é o que está dentro de nós. E isso, acredite, não se compra em lugar algum!