A vida é passageira. Mas, se sabemos disso, por que ainda insistimos em acumular coisas? Quando vamos embora, levamos nada conosco, nem nosso próprio corpo. Você já pensou nisso?

A vida é passageira. Por isso, aproveite!

Existe um trecho do livro Palavras de Sabedoria, de Dalai Lama, que resume bastante como a vida é passageira. Isso porque ele reforça bastante um fato: somos turistas neste mundo. É uma mensagem para quem procura novos começos e renovação, independentemente de quando você quer dar o pontapé inicial.

O trecho diz:

“Estamos todos aqui neste planeta, por assim dizer, como turistas. Nenhum de nós pode morar aqui para sempre. O maior tempo que podemos ficar são aproximadamente 100 anos. Sendo assim, enquanto estamos aqui, devemos procurar ter um bom coração e fazer das nossas vidas algo de positivo e útil.

Quer vivamos poucos anos ou um século inteiro, seria lamentável e triste passar este tempo agravando os problemas que afligem as outras pessoas, os animais e o ambiente. O mais importante de tudo é ser uma boa pessoa”.

Além de nos fazer refletir que a vida é passageira, esse trecho ainda nos fala muito sobre nossos objetivos em si. Nós procuramos tanto significado na vida, em nosso propósito, e até sonhamos em fazer um trabalho com mais significado, que mude algo em nosso mundo.

Mesmo que a gente não esteja fazendo esse trabalho – ou até pense que não está -, ainda há uma possibilidade de fazer algo a respeito. Hoje em dia é muito natural: nós nos enxergamos como consumidores, e não como cidadãos, como seres que passam a vida inteira consumindo e satisfazendo nossas necessidades por meio do consumo. Porém, apenas fazer o necessário não é mais suficiente.

Como lidar com vida passageira

Nós acreditamos muito na história que, quando possuímos algo, precisamos trocar por outra para melhorar de vida. Você pensa: “estou aumentando minha renda, então é necessário comprar coisas novas”. Mas, muitas vezes, as “antigas” estão perfeitamente boas. E, se a vida é passageira, por que procuramos por tudo isso?

Se você tem que, constantemente, gastar com as mesmas coisas, mesmo sendo diferentes, você gasta por necessidades iguais. E acaba comprometendo tudo em sua vida, como não conseguir atingir sua independência financeira nem resolver o fato de que, às vezes, você não está em um trabalho que gosta. Mas não se enxerga saindo daquilo porque acredita que depende desse trabalho.

Porém, quanto você está gastando para trabalhar e manter seu padrão de vida? Quanto você gasta com viagens, carro, vestuário, casa e tudo o mais que consome? E principalmente: o quanto isso realmente te ajuda a viver seu propósito de vida?

Nós somos turistas aqui, pois a vida é passageira. Tanto que vivemos, no máximo, 100 anos neste planeta. E o que vamos deixar aqui? Não adianta acumular uma montanha de coisas, pois não vamos leva-las nessa nova “viagem”. Quando morremos, acabou.

Nós só levamos as boas obras. O quanto de boas obras nós estamos realizando, já que a vida é passageira? Quanto tempo estamos dedicando a isso? Ou nós estamos, apenas, deixando nosso tempo para ganhar a vida e satisfazer nossas necessidades?

Talvez, nós já até estamos satisfeitos e temos tudo. Mas continuamos buscando outras coisas. Isso porque, na verdade, a insatisfação é interna. E acreditamos que merecemos porque trabalhamos muito. Mas será que é isso mesmo? Ou você merece uma vida que te dá orgulho, realizando o que gostaria de realizar e trabalhando com o que você deseja?